quinta-feira, 5 de março de 2009

vida de oração não é fácil. Porém com pouca oração, sem perseverança e disciplina, não podemos esperar em nós uma forte experiência de Deus, nem uma t




Inspirado no Livro Mostra-me Teu Rosto de IGNÁCIO LARRANÂNGA, concluí irmãos que ter vida de oração não é fácil. Porém com pouca oração, sem perseverança e disciplina, não podemos esperar em nós uma forte experiência de Deus, nem uma transformação de vida, e, por conseqüência ser pessoas que resplandeçam a face de Deus. Orar bem exige método, ordem e disciplina. O processo de nossa vida de oração passa pelas seguintes etapas: primeiramente Deus deixa, a iniciativa de buscá-lo, partir de nossas almas; à medida em que a nossa alma avança em encontra-lo. A nossa alma começa então a sentir que os nossos sentidos que tanto nos ajudavam em oração anteriormente não nos sustentam mais. É o próprio Deus, que com atitudes cada vez maiores, arrebata então nossa alma, vai fazendo com que a Ele tenhamos submissão e abandono. À medida que o Espírito Santo entra também em ação, nossa alma vai se transformando em almas de filhos de Deus, imagens vivas de sua presença. Tendo conseguido a pureza, a liberdade e a paz, a alma já não sente mais impedimento algum para avançar mais rápido em direção a Deus.

Muitos iniciam o caminho da oração, alguns o abandonam logo de saída, dizendo: não nasci para isso. Também dizem: é tempo perdido! Não vejo resultados. Outros cansados, param nos primeiros degraus, param na graça. O inimigo principal dessas pessoas é a inconstância. Há uma sensação de frustração na alma, que sofre quando percebe que os frutos de sua oração não estão surgindo. O problema é que o mundo nos ensinou que as coisas devem vir com rapidez e eficácia, do nosso jeito. Deus tem o seu próprio tempo para as coisas e a paciência é a arte de esperar. O mais difícil para aqueles que iniciam uma vida de oração é ter paciência, principalmente com Deus. As pessoas têm que descobrir que Deus é a fonte de onde tudo nasce e onde tudo se realiza. É o poço inesgotável de toda vida e de toda graça. Por isso ninguém pode questioná-lo, enfrentando-o com perguntas, porque na relação com Deus, não existe nada disso, somente graças. Se, na vida com Deus, aprendêssemos ser constantes ninguém neste mundo deixaria de ter uma vida de oração. Mas alguém pode está pensando, mas eu não sou capaz, eu não tenho força para ter uma vida de oração! Irmãos nosso Deus é desconcertante! Quando menos esperamos, como em um assalto noturno, Deus cai em cima de uma pessoa para tomá-la com a sua presença poderosa, inefável e consoladora, e assim confirmá-la para sempre na fé e nesta vida de oração, deixando-a cheia d’Ele por todos os dias de sua vida.

Temos então três tipos de Cristãos que vivenciam uma VIDA DE ORAÇÃO:

- OS DERROTADOS: Inicialmente tinham uma vida de oração, por muito se esforçaram para viver sua fé, mas porque não conseguiam ver os frutos de sua oração conforme suas vontades, abandonaram sua vida de oração, passam a criticar a Igreja e quem tem vida de oração. Torna-se um ateu.


- OS DESCONCERTADOS: Também por muito tempo orando ao Deus, tinham um relacionamento impressionante com Deus, renúncias e privações das coisas do mundo. Com o tempo o silêncio de Deus, a rotina, o cansaço, o desânimo, fez a presença de Deus tornar-se uma ilusão em sua vida, abandonam a oração. Vem o vazio, e procura-se compensar este vazio com muitas atividades pastorais. Passam então a ter saudades do Senhor e lembram-se daquele primeiro amor, reconhece que só Deus é fonte de vida, e retornam à oração


OS CONFIRMADOS: Também possuem uma VIDA DE ORAÇÃO como os demais. Mas houve em suas vida de tudo: dores, crises, quedas e recaídas. Porém possuem uma fidelidade firme no Senhor. È porque aprendeu que Deus e só Deus podem dar sentido à sua vida. Mas qual o segredo? Espírito de abandono. Entrega. Porque nunca cobrou milagres do Senhor. Não se irritaram e nem brigaram com Deus. Vieram as crises, mas pelo abandono em Deus, foram confirmados para sempre na fé.



Se você quer alistar-se entre os que anseiam ter esta vida de oração com Deus, você precisa começar aceitando que Deus é gratuidade, ou seja, com Deus não existe o verbo pagar o que mereço ou ganhar o que mereço, por estar com Ele. Tudo é dado de acordo com a sua vontade. Como disse o Senhor a São Paulo: “ A ti Basta-me a tua graça”. Se as almas não enxergarem e aceitarem a natureza gratuita de Deus, vão afundar em completa confusão e encher-se de questionamentos, pois a razão mais comum para o abandono da vida de oração é esta: muitos acham tudo sem sentido, sem lógica, sem proporção, tem a impressão que tudo é falso, irracional e daí abandonam tudo. Deus passa a ser uma simples palavra em nossas vidas, que vai se esvaziando, acaba parecendo um traste velho que se tem na mão e se faz o que quer.



A história sempre se repete deixa-se de rezar, os atos de piedade, os sacramentos, busca-se Deus somente nas pessoas, encontram-se em frieza e tristeza espiritual E para que isto não aconteça é necessário entender que o que leva uma pessoa a sair de si mesma e a se abandonar na oração, é a própria vontade de Deus em nós, porém a partir de nosso querer. Por isso meu irmão, minha irmã se você está iniciando uma caminhada de oração ou quer resgatá-la em sua vida, eis a resposta, é necessário entender que é através da paciência, dando passos e não grandes saltos. E esta paciência produzirá a perseverança e então quando você conseguir ter não só uma sensação de calma e também um estado de paz interior entenderão todo o dom de Deus e o quanto Ele nos quer em oração com Ele.

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