terça-feira, 30 de março de 2010

A história da verdadeira cruz



A história da verdadeira cruz é longa e complicada: começa com um rebento de árvore da graça no Éden, passa através da ponte do Rei Salomão para Jerusalém, até a seleção desse antigo madeiro para a crucifixão de Cristo.

A tradição considera que após a crucifixão a cruz foi escondida.

A cruz de Cristo foi descoberta por Santa Helena, a mãe de Constantino, que fez uma peregrinação a Jerusalém em 326, aos 80 anos. Seu espírito indomável, assim como suas extraordinárias aventuras, tomam sua mais encantadora forma literária no livrinho de Evelyn Waugh, «HHelena».

Parte da cruz permaneceu em Jerusalém, na Igreja do Santo Sepulcro, que foi dedicada em 14 de setembro de 335. Esta data se converteria na festa da Exaltação.

Parece ser que a relíquia viajou pelo mundo inteiro. Foram enviados fragmentos às novas igrejas de Constantino em Constantinopla, enquanto outros pedaços ficaram na Igreja da Santa Cruz de Roma, construída por Santa Helena em sua própria terra.

A devoção à cruz se estendeu tão rapidamente que, antes do final do século IV, escreveu-se o hino «Flecte genu lignumque Crucis venerabile adora» e São João Crisóstomo nos diz que os fragmentos da cruz eram venerados no mundo inteiro.

Contudo, curiosamente, a Exaltação da Cruz não só celebra o redescobrimento da verdadeira cruz; também comemora um evento em um dos momentos mais turbulentos da história cristã.

Em 615, às vésperas do surgimento do Islã, o exército persa avançava por todo o Mediterrâneo. O rei Cosroes da Pérsia, ainda que tenha deixado o sepulcro de Cristo intacto, levou o fragmento da cruz que Santa Helena havia deixado lá.

Constituindo-se em um deus, o rei Cosroes construiu um trono em uma alta torre e se sentou nele com a cruz à sua direita, denominando-se como «o pai».

O imperador bizantino Heráclio desafiou Cosroes a um combate para recuperar a cruz. Vitorioso, Heráclio devolveu o preciso relicário a Jerusalém. Havia pensado fazer entrar o relicário na cidade pela mesma porta pela qual Cristo entrou antes de sua crucificação, mas uma demolição bloqueou sua passagem.

Dado que Cristo havia passado através dessa porta humildemente sobre um burro antes de ser morto, Heráclio tirou a coroa, jóias e sapatos, e vestido apenas com a túnica, carregou o relicário nos ombros. Em 14 de setembro de 630, a cruz foi restituída a Jerusalém como exemplo de humildade para todo o povo.

Esta história épica capturou a imaginação de numerosos artistas, especialmente no Renascimento, quando a arte se dedicou a narrar os grandes eventos históricos.

Antoniazzo Romano descobriu o acontecimento com as cores brilhantes de um manuscrito iluminado na abside da Igreja da Santa Cruz, enquanto Piero della Francesca, trabalhando na mais afastada cidade de Arezzo, de 1452 a 1463, transmitiu a majestade desta história em um dos ciclos de frescos mais importantes do século XV.

Na basílica de São Francisco, Piero conta a história com simplicidade e com um mínimo de detalhes decorativos, mas com potente monumentalidade. Em uma das primeiras cenas noturnas da arte italiana, «O Senhor de Constantino», o imperador dorme em sua barraca e sonha com a cruz na véspera da Batalha da Ponte Mílvio. Um impressionante anjo irrompe na cena enquanto a luz embutida do pintor representa o milagre da conversão de Constantino.

A «Exaltação da Cruz» de Piero della Francesca, apesar da perda da figura de Heráclio, expressa a paz, a calma a ordem que a restituição da cruz trouxe, uma mensagem oportuna neste tempo de guerras contínuas.

Estas imagens refletem a dignidade dada à cruz por artistas, cidadãos e governantes.

Com o passar dos anos, a cruz foi atacada por muitos. Voltaire ensinou o mundo a ridicularizar a cruz quando, em «O Dicionário Filosófico», escreveu na parte «Superstição»: «São aqueles pedaços da verdadeira cruz, que bastariam para construir uma nave de cem canhões, são as muitas relíquias reconhecidas como falsas, são os falsos milagres, assim como muitos monumentos de uma piedade iluminada?».

Para dar uma resposta à era científica, formou-se no século XVII um grupo de jesuítas da Bélgica, os Bolandistas. Estudaram as evidências que tinham a ver com os milagres, relíquias e vidas de santos. Citam um estudo que pesava e media todas as relíquias conhecidas e chegaram à conclusão de que os pedaços existentes não bastarim para fazer nem sequer uma só cruz.

Esta festa, com freqüência ignorada, serviu durante muito tempo para recordar à comunidade cristã que o significado de nossa redenção deveria ser levar a luz ao nosso mundo, vidas e corações de todos os tempos, e que deveríamos refleti-la com o mesmo valor, humildade e determinação que Jesus mostrou durante sua paixão.

No mundo de hoje, onde a cultura pop ri da cruz e os políticos a negam, esta festa impulsiona os cristãos a celebrarem o heróico sacrifício de Cristo e não a envergonhar-se dele.






O Sudário Abriga polens de plantas que só existem na região de Jerusalém e cuja data é anterior ao século 8 d.C. A informação foi divulgada pelo botânico Avinoam Danin, da Universidade Hebraica de Jerusalém. A informação derruba definitivamente a tese de que o Sudário seria uma falsificação produzida na Europa durante a Idade Média. O Sudário é uma peça de linho (lençol), que foi utilizado para envolver o corpo de Jesus Cristo após sua crucificação, antes que este tenha sido levado ao Santo Sepulcro. Mede 4 metros e 36 centímetros de comprimento por 1 metro e 10 centímetros de largura. Encontra-se hoje na cidade de Turim, na Itália.
No tecido encontramos manchas de sangue humano, com as marcas do flagelo e suplício sofridos por Jesus de Nazaré. Este pano é a prova maior da existência de Cristo e do que este sofreu.Quantos fatos já foram comprovados pela ciência? Quantas vezes essa ferramenta foi capaz de desvendar mistérios que pareciam estar fadados ao esquecimento? A ciência, no caso do Santo Sudário, foi fundamental. Não só para que se pudesse comprovar a autenticidade do mesmo, mas também para que se pudesse estudar mais detalhadamente as Chagas de Cristo e os detalhes de sua morte. Os fatos relatados nesta seção foram possíveis de serem descritos a partir da contemplação da foto do Santo Linho e da aplicação de conhecimentos médicos em anatomia. A informação é puramente científica! Prepare-se para descobrir detalhes sensacionais sobre a "Paixão de Cristo".

A partir dos estudos da Mortalha, ficou possível esclarecer com exatidão quais foram os tipos de torturas sofridas por Jesus, e que marcas estas deixaram em seu corpo.
Este estudo é totalmente científico e técnico, e busca compreender até que ponto um ser humano pode suportar a dor e o sofrimento agonizante, até por fim, deixar que o último suspiro de vida se vá. Destacamos aqui cinco das principais marcas, cujo relato completo é minuciosamente descrito no livro:“Feridas de Jesus”.


A Crucificação segundo o cirurgião Jesus apanhou com um instrumento denominado "flagrum", de origem romana. Este instrumento é bastante semelhante a um chicote de três tiras, que possuem em cada extremidade duas bolinhas de chumbo.Recebeu mais de cem chicotadas, mesmo sendo a lei limitada a trinta e nove apenas. Esta agressão foi feita antes de Jesus ser encaminhado para a cruz, e deixou cortes profundos por todo o seu corpo. A flageração foi tão brutal que, por si só, teria matado uma pessoa mais frágil. Foram contados de 90 a 120 ferimentos causados pelo açoite.

A forma das feridas corresponde às produzidas pelo flagrum, o chicote Romano. A coroa feita com uma planta tipo "Zizifus Spina", da família das ramináceas, foi colocada na cabeça de Jesus e enterrada por pauladas. Mais de 70 espinhos perfuraram a cabeça de Jesus, provocando sérios sangramentos e hematomas. A coroa não era uma simples tiara, mas um artefato que cobria a cabeça toda.

O soldado que a urdiu deve ter usado seu próprio capacete como molde. Jesus carregou, sobre os ombros, o Patíbulo (tronco horizontal da Cruz).
No Calvário, deitaram-no no chão sobre a madeira e o pregaram com cravos nas mãos. Estes perfuraram o carpo, uma das três partes que compõem a mão, penetrando no espaço de “Destot”. Não houve fratura de nenhum osso. O patíbulo provocou grandes hematomas nas costas de Jesus. E quedas ao longo do percurso machucaram seus joelhos e rosto.

A rótula esquerda e o nariz apresentam contusões graves – com a provável separação da cartilagem nasal. A perfuração do cravo ocorreu na região do carpo. Provocou semiparalisia das mãos, oponência do polegar e lesão do nervo mediano. Não foram fixados no meio das mãos, como se pensa..
Mas numa parte do pulso conhecida pelos anatomistas como “espaço de Destot”. Se o transpassamento tivesse ocorrido no meio das mãos, estas teriam rasgado com o peso do corpo. Ao passo que, no “espaço de Destot” a introdução dos pregos assegurava uma fixação firme à cruz.

A perfuração dos pulsos seccionou os nervos medianos, provocando a retração dos
polegares. Estes estão dobrados para o interior das mãos na figura do Sudário. Um único cravo de 18 centímetros perfurou os dois pés de Jesus e atingiu a madeira, chamada de Stipes (tronco vertical da cruz). Jesus no Santo Sudário mostra, pela rigidez cadavérica, um pé sobre o outro. O cravo passou entre o segundo e o terceiro metatarso.

A Morte na cruz era causada por lente asfixia, provocada pela posição dos braços. A imagem do Sudário mostra que Jesus se ergueu várias vezes para tomar ar. Visando acelerar a morte, era costume quebrar as pernas dos condenados, impedindo tal movimentação. Isso não ocorreu neste caso – o que concorda com o relato dos Evangelhos, segundo os quais nenhum de seus ossos foi quebrado.


Após Jesus Ter morrido, um soldado, no intuito de certificar-se do fato, desferiu um golpe de lança, que traspassou-lhe o lado direito do corpo, atingindo o coração.A lança perfurou vários órgãos, deixando uma ferida de aproximadamente 5 cm na
pele de Jesus. O Sudário mostra que a estocada da lança produziu um forte jato de hemácias (a parte vermelha do sangue), seguido de um fluxo de plasma (a parte clara) – prova de que grande quantidade de sangue se acumulou e decantou no pericárdio. Isso converge com o texto Bíblico, que fala num jorro de “sangue e água”.(Jo 19,31-34).


A decomposição da Cruz também ficou registrada no pano de linho. Nas manchas de sangue existentes na região dos pés, percebe-se nitidamente as marcas dos dedos das mãos de uma das pessoas que sustentou Jesus na descida do patíbulo. Seriam os dedos do Apóstolo João?

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