terça-feira, 30 de novembro de 2010

Mulher de Deus


1- Ela teme ao Senhor, e esse temor faz com que veja o marido como se fosse o Senhor Jesus, mesmo que ele seja incrédulo. "...mas a mulher que teme ao Senhor, essa será louvada." (Provérbios 31.30)

2- Ela é sabia; por isso, fala pouco ou só mesmo o necessário. Quando a pessoa fala muito é porque é egoísta, e sempre quer impor aos outros as suas idéias e pensamentos. "O que guarda a boca conserva a sua alma, mas o que muito abre os lábios a si mesmo se arruína." (Provérbios 13.3)

3- Ela é discreta. Nunca procura chamar a atenção dos outros para si. O seu comportamento é contrário ao das mulheres do mundo. A sua fala é suave, os seus vestidos são discretos. O seu rosto pode ser maquiado, mas não "mascarado"; o seu cabelo é penteado, mas não de forma exótica. "Como jóia de ouro em focinho de porco, assim é a mulher formosa que não tem discrição." (Provérbios 11.22)

4- Ela é virtuosa. A mulher virtuosa é aquela que procura cuidar muito mais do seu coração do que do seu corpo. Tem, como fragrância no seu corpo, a plenitude da presença do Espírito Santo. "Porque nós somos para com Deus o bom perfume de Cristo; tanto nos que são salvos, como nos que se perdem." ( 2 Coríntios 2.15)

5- Ela é forte. Não se abate diante das dificuldades. Pelo contrário, quando os momentos difíceis acontecem, surge com a determinação de mulher de Deus. "A força e a dignidade são os seus vestidos, e, quanto ao dia de amanhã, não tem preocupações." (Provérbios 31.25)

6- Ela é de Fé. A mulher de Fé é aquela que vê nas dificuldades apenas novas oportunidades. Como dona-de-casa, sabe fazer do limão uma boa limonada! Estimula a Fé do seu marido com palavras de ânimo e coragem. "O coração do seu marido confia nela... " (Provérbios 31.11)

7- Ela é trabalhadeira. A mulher de Deus nunca é preguiçosa, porque tem prazer em cuidar dos afazeres de casa de tal forma que, quando o seu marido chega à casa, tudo estará em ordem. Ela não espera que os outros façam aquilo que é de sua competência. "É ainda noite, e já se levanta, e dá mantimento à sua casa, e a tarefa às suas servas. Atende ao bom andamento da sua casa, e não come o pão da preguiça." (Provérbios 31.15 e 27)

8- Ela é fiel. A mulher de Deus não é fiel apenas ao seu marido, mas também à sua igreja. Sua fidelidade se faz transparecer no serviço da obra de Deus. "Aconteceu depois disto que andava Jesus de cidade em cidade e de aldeia em aldeia, pregando e anunciando o evangelho do Reino de Deus, e os doze iam com ele, e também algumas mulheres que haviam sido curadas de espíritos malignos e de enfermidades: Maria, chamada Madalena, da qual saíram sete demônios; e Joana, mulher de Cuza, procurador de Herodes, Suzana e muitas outras, as quais lhe prestavam assistência com os seus bens." (Lucas 8.1-3)

9- Ela é sensata. A mulher de Deus sabe ser cuidadosa com suas palavras, especialmente quando o seu marido é incrédulo. Os lamentos e as reclamações nunca surtem bom efeito nos ouvidos de quem os ouve. Se é sensata, sabe como contornar uma situação desagradável, ao invés de ficar reclamando todo o tempo. "A morte e a vida estão no poder da língua; o que bem a utiliza come do seu fruto." (Provérbios 18.21)

10- Ela tem bons olhos. A mulher de Deus procura ver as demais pessoas como Deus as vê. É verdade que há pessoas más e que é difícil vê-las com bons olhos, mas porque ela é de Deus os seus olhos sempre procuram ver o lado bom daquelas pessoas. É melhor ser prejudicado com bons olhos do que alcançar vantagens com maus olhos. "São os olhos a lâmpada do corpo. Se os teus olhos forem bons, todo o teu corpo será luminoso; se, porém, os teus olhos forem maus, todo o teu corpo estará em trevas. Portanto, caso a luz que em ti há sejam trevas, que grandes trevas serão!" (Mateus 6.22,23)

quinta-feira, 22 de abril de 2010

O valor da amizade


O valor da amizade
Os amigos são vitais em nossa vida. Não podemos viver sem eles. A amizade melhora o nosso bem estar físico, mental e espiritual. Bons relacionamentos contribuem para mantermos a saúde bem e ainda curam as depressões.
Assim como os perfumes alegram a vida, a amizade sincera dá ânimo para viver, Provérbios 27.9 (sem ponto, porque é olho)

Não possuir amizades de qualidade é ruim para a saúde, o ânimo, a produtividade e a longevidade de todos nós. Portanto, sempre invista em suas amizades. Elas contribuirão para sua própria felicidade.
Os nossos amigos podem desempenhar alguns papéis em nossa vida que servirão de preciosa ajuda em nossa caminhada. O segredo é não querer que eles sejam perfeitos em todas as áreas. Afinal, nós também não somos.

Tipos de amigos:

INCENTIVADORES – são grandes motivadores que sempre impelem você em direção a seus alvos. Possuem interesse genuíno no seu sucesso, mesmo que signifique correr risco por você.

CAMPEÕES – são amigos leais, que ficam ao seu lado como também das coisas em que você acredita. Eles o elogiam em sua presença e ainda “cobrem sua retaguarda”; saindo em sua defesa quando você não está por perto.

COLABORADORES – são aquelas pessoas que têm interesses comuns aos seus. Podem compartilhar com você uma paixão por esportes, hobbies, religião, trabalho, política, comida, filmes, música ou livros.

COMPANHEIROS – estão sempre ao seu lado, sejam quais forem às circunstâncias. Têm um vínculo praticamente indestrutível com você. Quando alguma coisa boa ou ruim acontece na sua vida são as primeiras pessoas para quem você liga.

COMUNICADORES – são aqueles com os quais você se socializa com freqüência. Sempre são convidados para eventos onde é possível conhecer outras pessoas; o que aumenta sua rede de contatos e lhe dá acessos a recursos inexplorados.

ENERGIZADORES – são os “amigos divertidos” que sempre levantam seu ânimo. Eles fazem de tudo para animá-lo quando você está deprimido e transformam um dia bom em um dia ótimo.

INSTIGADORES – expandem seus horizontes e o incentivam a acolher novas idéias, oportunidades e culturas. Eles o ajudam a fazer mudanças positivas, ampliando sua perspectiva em relação à vida e fazendo de você uma pessoa melhor.

GUIAS – dão conselhos e mantêm você na direção certa. São os amigos perfeitos para compartilhar seus objetivos e sonhos. Eles o ajudam a vislumbrar um futuro positivo, ao mesmo tempo, com os pés no chão.


“A devoção que você tem a Deus junte a amizade cristã, e a amizade cristã junte o amor”. 2 Pedro 1.7

ORAÇÃÕ DE AMORIZAÇÃO


ORAÇÃÕ DE AMORIZAÇÃO
Digamos, então, depois de todas as explicações dadas, o que é a Oração de Amorização.
Pela Oração de Amorização, Jesus vão curando todas as feridas dó teu coração. A cura acontece com o perdão que vai sendo dado, realizado, repetido, durante a oração. Esta oração de perdão vai fazendo desaparecer todas as dores do desamor sofrido, e faz renascer um novo ou renovado amor para com a pessoa que te feriu, bem como para com os demais com quem convives.
Disse: tu e Jesus. Exacto. Sem os dois não se faz oração! E sem a presença de Jesus e a do poder do Espírito Santo, o resultado ou será pequeno, ou não acontecerá.
É importante que seja «oração». Isto é, um encontro entre ti e Jesus vivo, para realizarem juntos a cura de todas as tuas feridas.
Apresento-te, em seguida, um roteiro prático que te ajudará na tua oração pessoal para curar o teu coração.

7.1. Roteiro prático
1 — Invoca a presença de Jesus. Faz um momento de oração espontânea com Ele: adora-o, louva-o, agradece-lhe por todas as bênçãos recebidas.
2 — Torna presente, na tua imaginação, urna pessoa que te feriu.
3 — Realiza os passos do perdão. (Só os que forem necessários.)
— Perdoa a pessoa que te ofendeu.
— Pede-lhe perdão, se também a feriste.
— Perdoa-te a ti mesmo pelo erro cometido contra ela.
— Pede perdão a Jesus por ela e por ti próprio.
4 — Realiza os passos de louvor. Elogia.
— Louva, elogia a pessoa pelo seu lado positivo.
— Louva, elogia a Jesus pelo lado positivo dessa pessoa.
5 — Entrega as tuas feridas a Jesus e pede-lhe que as cure.
6 — Agradece ao Senhor a oração de amorização realizada.

7.2. Explicitação de todas as partes
Para exemplificar concretamente, apresento pequenos momentos de uma oração de amorização realizada com o próprio pai. Imaginemos que tens tido problemas com o teu pai, e este feriu o teu coração por comportamento nem sempre bom e justo.
1. INVOCA A PRESENÇA DE JESUS: faz um momento de oração espontânea.
Inicia a oração de amorização, entrando em clima de oração. Por exemplo: entra no teu quarto, fecha a porta, põe um fundo musical, senta-te numa cadeira, na cama, ou no chão, como preferires. Concentra-te uns instantes. Invoca a presença de Jesus, num gesto interior de fé. Porque Ele é Deus, é omnipresente e está, de facto, junto de ti. Se quiseres, poderás colocar uma cadeira à tua frente e visualizar Jesus aí sentado. Vê-o com os olhos do coração ou da imaginação. Contempla o seu rosto, o seu corpo, os seus olhos, o seu sorriso. Conversa com Ele uns momentos, louvando-o, agradecendo-lhe a presença. Elogia-o por algo de bom que te deu ou te fez nos últimos dias. Diz-lhe que queres amorizar tal pessoa para poderes curar o teu coração, pois desejas amá-la mais e melhor, como Ele ordenou. Pede-lhe a graça de poderes curar-te de todas as tuas feridas. Diz tudo com muito coração.
Se não conseguires visualizar Jesus vivo, faz um acto de fé, crê que Ele está presente, pois Ele disse: «Estarei contigo todos os dias...» Portanto, também agora, quando tu o invocas e dele precisas. Poderias, como auxílio, colocar diante de ti um quadro ou um poster de Jesus vivo, para facilitar a tua concentração.
A teu modo, podes orar:
«Jesus, Filho de Deus, meu salvador, vivo, ressuscitado, glorioso, invoco a tua presença junto de mim. Vem, Senhor Jesus! És Deus, e por isso podes estar presente em todos os lugares ao mesmo tempo. Portanto, também aqui, comigo, agora. Eu te adoro, Senhor Jesus. Reconheço-te como Deus, com o Pai e o Espírito Santo: Deus Uno e Trino. Louvo-te, Jesus ressuscitado, pois mesmo sendo um Deus infinito, poderoso, perfeitíssimo, maravilhoso, és simples, amigo, aconchegado a nós, pequenas criaturas humanas. Que maravilha poder contar com a tua presença junto de mim. Muito grato, Senhor Jesus.
Senhor, preciso muito da tua presença agora, pois quero curar o meu coração das feridas que me foram feitas, como também das que fiz em mim mesmo, por meus próprios erros. Preciso de curar o meu coração para poder amar mais e melhor, para ter mais s4úde, alegria de viver e disposição de servir. Quero usar o remédio que Tu me destes: o perdão. Quero usar a pomada do perdão, Jesus, hoje e por muito tempo, todos os dias, até sentir-me totalmente curado: Obrigado, Senhor, por nos teres ensinado uma terapia tão simples e tão prodigiosa. Ámen.»
2. TORNA PRESENTE, NA TUA IMAGINAÇÃO, UMA PESSOA QUE TE FERIU
Toma presente na tua imaginação unia pessoa que feriu o teu coração e que escolheste para amorizar. Imagina que Jesus a recebe com alegria, pois a ama. Eles sentam-se juntos, bem à tua frente, a olhar para ti. Sentam-se em cadeiras — ou na cama, ou no chão.
Se, porventura, não conseguires visualizar a pessoa, decide-te interiormente a realizar a oração, como se ela estivesse ali, oculta por uma cortina que não te deixa vê-la: a cortina escura da tua imaginação. Tu não a vês com a tua imaginação, mas ela está presente. Poderias também pôr uma foto dessa pessoa. Ou escrever o seu nome em tamanho grande e bem legível numa folha de papel, para a colocar diante de ti. O nome representa muito bem a pessoa.
Já estás na presença de Jesus e da pessoa. Estão em três: dois reais, vivos, presentes: Jesus e tu. A outra, está presente na imaginação.
Agora, tu conversas com a pessoa que se fez presente, agradecendo-lhe a presença e dizendo-lhe da tua vontade em te curares de todas as feridas feitas por ela, para amá-la mais e melhor. Fá-lo da maneira mais viva possível.
A teu modo podes dizer:
«Meu pai, tomo a liberdade de trazer-te à minha presença e à de Jesus vivo que está comigo, pois preciso de conversar contigo sobre alguns acontecimentos dolorosos que vivemos juntos, e que deixaram feridas no meu coração. Tenho a certeza, meu pai, que também tu queres este encontro, pois sei que me amas e que lamentas ter-me ferido. Sei que és bom e que desejas muito ver-me curado das minhas feridas.
Mas eu também, meu pai, desejo ver-te curado das feridas que te fiz; das tristezas, preocupações, desgostos que te causei. Será óptimo para nós este encontro, meu pai. Obrigado pelo teu amor por mim. Obrigado por aceitares o meu perdão e me dares o teu.»
A tua conversa com Jesus e com a pessoa a ser amorizada pode ser feita a meia voz. Isto é, falas de modo que possas ouvir a própria voz. Ouvires a própria voz, ouvires o que dizes, é dar um instrumento ao Senhor para agir dentro de ti. Ele irá usar a tua voz como instrumento para falar e atingir o teu coração.

3. REALIZA OS PASSOS DO PERDÃO
O perdão é o fogo que cauteriza as feridas do teu coração. O perdão generoso, forte, consciente, vivo e repetido muitas vezes é poderoso, infalível e eficiente para curar qualquer ferida emocional, por maior e mais antiga que seja.
Foi por isso que Jesus o ensinou, o ordenou e o pôs como condição necessária para sermos perdoados por Deus. Pedro, Apóstolo, perguntou a Jesus: «Senhor, quantas vezes devo perdoar ao meu irmão que pecar contra mim? Até sete vezes?» Jesus respondeu: «Não te digo, Pedro, até sete vezes. Mas até setenta vezes sete» (Mt 18,21-22).
Noutra oportunidade, Jesus afirmou: «Se não vos perdoardes uns aos outros os vossos pecados, tampouco o Pai celestial vos perdoará os vossos» (Mc 11,26). Na oração que Jesus nos ensinou, dizemos: «Perdoai-nos as nossas ofensas assim como nós perdoamos aos que nos ofenderam» (Mt 6,12).
O perdão é sabedoria. Sabedoria divina! Um ensinamento e uma ordem de Jesus para a nossa saúde espiritual, psicológica, emocional e física! Quantos já nem estariam mais doentes, nem traumatizados, nem destruídos emocionalmente, se tivessem aplicado às suas vidas essa sábia terapia do perdão.
Recorda que perdoar não significa desculpar, nem pôr panos quentes. Perdoar é reconhecer que a pessoa errou, e decidiste dar-lhe o perdão pelo erro cometido contra ti.
Quando Deus perdoa, ele não afirma: «Filho, tu agiste mal, mas não importa, não tem importância. Tu, afinal, não erraste muito.»
Pelo contrário, Deus diz: «Tu erraste. Mas porque estás arrependido, eu perdoo-te, todo o erro com toda a sua culpa.» Deus não minimiza. Não encobre. Ele perdoa. Perdoa como foi o erro, sem mudar nada. Sem minimizar nem aumentar. Deus age assim porque é justo.
Como o perdão de Deus, assim deve ser o teu. As vezes, é difícil perdoar. Principalmente quando a ofensa foi maliciosa, ou muito covarde, ou muito grande, ou muito repetida. Sim, é difícil, mas não impossível. Quando se trata de perdoar, Jesus vem sempre em auxílio, com o poder do fogo do Espírito Santo. Este sabe queimar todos os nós de ódio, de mágoa ou de ressentimento que trazemos.
A realização do perdão é feita em quatro direcções. São os quatro passos do perdão.
PRIMEIRO PASSO: Perdoar a quem te ofendeu. Conversando com a pessoa a ser amorizada, realiza o perdão num acto de vontade, firme e decidido. Perdoa, envolvendo todo o teu ser. Perdoa com a maior profundidade possível. Perdoa repetidamente até perceberes o perdão envolvendo todo o teu ser, até à profundidade. Perdoa muitas vezes: dias, semanas, até sentires o efeito benéfico.
Podes orar desta forma:
«Meu pai, recordo-me de que, ainda criança, assisti a uma forte discussão entre ti e a minha mãe. Lembro-me que tu foste muito duro, gritaste demais e até ameaçaste bater-lhe. Aquilo feriu-me muito, muito. Lembro-me que chorei bastante ao ver a minha mãe tão agredida e tão triste; lembro-me da raiva que senti por ti. Meu pai, eu te perdoo por teres ferido a minha mãe e, por isso, a mim também. Eu te perdoo por teres gritado tanto e ameaçado a minha mãe. Eu te perdoo, pai, por todo o sofrimento que me causaste naquele dia. Sente-te perdoado.»
«Pai, lembro-me de que nos meus doze anos, por ter ido a uma festa de aniversário de uma colega, sem tua permissão, e por ter voltado muito tarde, tu me bateste diante dos meus colegas. Tu me ofendeste muito naquele dia. Quando me lembro, sinto-me mal, humilhado, até hoje. Pai, eu te perdoo de todo o coração. Perdoo-te pela humilhação que sofri, pela vergonha que me impuseste diante dos colegas. Eu te perdoo, meu pai. Sente-te perdoado, pai, para sempre.»
Deste modo, percorres todas as feridas do teu coração, feitas pelo teu pai, no decurso de toda a tua vida. Passas a pomada do perdão em todas, tratando uma por uma.
SEGUNDO PASSO: Pedir perdão à pessoa pelo mal que lhe fizeste. Para curar as feridas do teu coração é preciso, às vezes, pedir perdão à pessoa pelas ofensas e feridas que lhe fizeste, quando ela te feriu. Trata-se de pedir-lhe perdão em oração, para que tu fiques curado. Fazê-lo pessoalmente seria ainda melhor, para uma reconciliação interpessoal.
Tiveste um desentendimento com alguém. Este agrediu-te, causou-te problemas e aborrecimentos. Ao seres assim tratado, tu retorquiste, acusaste, agrediste. Ambos ficaram feridos: tu e ele. Nesse caso, não basta tu perdoares-lhe. É preciso que lhe peças perdão também. Tu também o ofendeste, feriste, magoaste. Para a tua cura profunda é importante reconheceres a tua parcela de erro e pedires perdão.
— Mas foi ele quem começou! Não importa. Aqui não se trata de encontrar os culpados, mas sim de tu curares as feridas que ele te causou. Para isso é preciso perdoar-lhe, mas também pedir-lhe perdão.
Podes agir desta forma:
«Pai, aproveito para pedir-te perdão, pois naquela briga com a minha mãe, mesmo sendo tão pequeno, eu odiei-te. Desejei que desaparecesses, fosses embora para sempre, para não mais fazeres sofrer a minha mãe. E por muito tempo guardei ressentimento. Perdão, meu pai. Perdão pelos maus desejos alimentados contra ti, desejando que desaparecesses. Assim, como te perdoo, perdoa-me.»
«Eu te peço perdão, pai, porque naquela noite que voltei tarde da festa de aniversário e tu me bateste, eu fiquei cheio de ódio a ti e desejei-te muito mal. Muito mesmo! E fiquei a odiar-te, por muito tempo, esperando uma oportunidade para me vingar. Perdão, pai, pelo meu ódio, pelos maus desejos. Perdão, pai.»
Deste modo tu percorres todos os teus relacionamentos dolorosos com o teu pai e pedes-lhe perdão. Facto por facto. Ferida por ferida.
TERCEIRO PASSO: Perdoares-te a ti mesmo. Trata-se de perdoar a ti mesmo daquilo que foste culpado em algum episódio, em que tu e o outro saíram feridos, magoados emocionalmente. Por exemplo: alguém te caluniou. Tu retorquiste, agredindo-o com palavras duras, com ameaças de vingança. Ambos ficaram prejudicados. Para curar o teu coração da calúnia sofrida, precisas de perdoar-te profundamente do teu erro de ter contra-agredido. Ele errou. Tu também.
É preciso perdoar-te por teres agido de forma errada. Muitos não aprenderam a perdoar-se. Nunca ouviram falar em semelhante perdão. Por isso vivem cheios de ódio a si próprios, de inaceitação da sua própria pessoa, carregados de vergonha, medo, remorso, por causa das suas falhas e pecados. Carregam um fardo pesado, desagradável, malcheiroso, pela vida fora, quando já deviam tê-lo atirado ao fogo do autoperdão.
Cuidado! Perdoar-se não significa desculpar-se. Nem convencer-se de que não errou. Isto seria desastroso. Seria esconder o lixo debaixo do tapete. Seria ocultar a ferida. Perdoar-se é reconhecer o erro e dar-se um perdão profundo. Como tu perdoas aos outros, da mesma forma perdoa-te a ti mesmo.
Algumas pessoas têm muita dificuldade em se perdoar. O orgulho não lhes permite reconhecer que erraram. Dão-se todas as desculpas para não ter de admitir os próprios erros. Por isso não reconhecem a necessidade de perdoar a si mesmas.
Outras não se perdoam por auto-punição. Como por uma vingança ou raiva contra si mesmas, não se perdoam, para continuar a sofrer. São pessoas obviamente enfermas.
Perdoa-te. Não deixes de fazê-lo. Se Deus te perdoa de tudo, seja qual for o erro, quando lhe pedes perdão; se perdoas aos outros e eles a ti, não é justo, nem razoável, nem compreensível e muito menos ainda sábio, tu não te perdoares a ti mesmo. Quem és, para não quereres dar-te um perdão profundo a ti mesmo?
Podes agir desta forma:
«Eu, Mário, me perdoo, de todo o meu coração, por ter desejado que o meu pai desaparecesse para sempre, por ter brigado com a minha mãe. Eu me perdoo por todo o sentimento de raiva guardado e até cultivado em mim, por tanto tempo. Eu me perdoo por lhe ter desejado mal. Sim, eu me perdoo de todo o meu coração.»
«Quero perdoar-me, agora, por todo o ressentimento em relação ao meu pai, guardado e cultivado, por causa daquela sova. Eu me perdoo por não ter pedido licença para ir à festa; por ter voltado tão tarde, sabendo que ele não suportava isso. Eu me perdoo por até ter desejado a sua morte. Eu me perdoo de todo o coração.»
Deste modo, tu percorres as feridas do teu coração, feitas por ti em ti mesmo quando agiste de forma inconveniente e errada contra quem te ofendeu, e perdoas-te a ti mesmo com toda verdade e generosidade.
QUARTO PASSO: Pedir perdão a Jesus, por ti e pelo outro. O quarto passo consiste em pedires perdão a Jesus por ti e pela pessoa que estás amorizando. Tu o fazes, conversando com Jesus, apresentando-lhe o teu erro e humildemente pedindo-lhe perdão. Pede-lhe, também, que perdoe a pessoa que estás amorizando. Essa atitude humilde de pedir perdão para ambos trar-te-á uma abertura total do coração para receberes a ajuda poderosa do Senhor Jesus, a fim de ficares realmente curado das tuas feridas.
Podes realizar este passo da seguinte maneira:
«Jesus, eu te peço que perdoes a meu pai e a mim por nos termos ferido mutuamente. Perdoa a meu pai por aquela briga que teve com a minha mãe; por a ter ofendido tanto, entristecido tanto. Perdoa-lhe, pois agindo daquela forma, ele feriu-me profundamente. Perdoa-lhe Jesus, pois eu já lhe perdoei. Mas perdoa-me a mim também, pois errei contra o meu pai, desejando-lhe tanto mal, desejando até que desaparecesse da nossa vida. Perdão, Jesus.»
«Peço perdão também para mim e para meu pai, por nos termos ferido tanto naquela oportunidade em que me bateu. Perdoa-lhe, Senhor, por ter agido daquela forma diante dos meus colegas, por me ter humilhado tanto. Mas perdoa-me também; pois guardei-lhe tanto ódio, desejei-lhe tanto mal, e até esperava a oportunidade para me vingar. Perdão Jesus. Perdoa-nos por nos termos ferido tanto.»
Deste modo falas calmamente com Jesus, pedindo perdão para o teu pai e para ti mesmo.

7.3. Realizar os passos de louvor
Para amar é preciso, antes, fazer curativos nas feridas do coração. É preciso, porém, completar a obra, por meio do louvor, ou seja, do elogio à própria pessoa, e a Jesus, pelas qualidades dessa pessoa dentro do teu coração e, por isto, traz uma nova realidade de amizade e bem-querer.
O elogio e o louvor têm a capacidade de nos levar a reconhecer, a descobrir e a admirar muitas qualidades espirituais, psicológicas, morais e físicas das pessoas e, com isso, leva-nos a admirá-las e amá-las.
A amizade e o bem-querer para com alguém dependem da imagem que temos dele dentro de nós. Se a imagem é boa, gostamos; se a imagem é desfigurada, não gostamos. O que faz ou desfaz a imagem de alguém em nós são as boas ou más lembranças que guardamos das pessoas.
Podes perceber a importância do louvor, do elogio. Ele refaz a imagem. Toma-a bela. Sempre mais bela, quanto mais tu elogias e louvas, pois pelo louvor vais descobrindo e acrescentando qualidades, belezas. Elogiando, vais embelezando a imagem da pessoa dentro do teu coração. Quando a imagem fica bela, tu gostas, amas.
Não te aconteceu já, alguém dizer-te: «Eu já gostava de ti, antes de te conhecer pessoalmente!» Por quê? Porque alguém falou bem de ti a essa pessoa. Falando bem de ti, fizeram bela a tua imagem nesse coração, e ela passou a gostar de ti, mesmo sem te conhecer.
Aqui está mais um dos mais belos ensinamentos de Jesus. Mandou falar bem das pessoas. Isto é, mandou elogiar. Jesus mandou falar bem de todos. Falar sempre e só bem. Uma das maneiras mais fáceis e perfeitas de amar, de crescer no amor, é elogiar. Jesus mandou amar, elogiando.
MODO PRÁTICO DE REALIZAR OS PASSOS DO LOUVOR, DO ELOGIO.
É simples, como o fazes na conversa de todos os dias, entre amigos. Voltemos ao quarto onde estás amorizando o teu pai. Após passar a pomada do perdão em todas as feridas, tratando uma por uma, fazes elogios ao teu pai, por todas as suas qualidades, virtudes e boas acções.
Podes agir desta forma:
«Meu pai, se é verdade que houve acontecimentos dolorosos que nos feriram; se é verdade que tu me feriste e me fizeste sofrer, e que eu te feri, é bem verdade também que eu vejo e admiro o teu lado bom, o teu lado positivo, as tuas qualidades e virtudes.
Pai, sabes, eu admiro-te muito, como marido. Tu és um bom marido! Se é verdade que houve aquele incidente, e alguns outros momentos de desamor com a minha mãe, é também verdade que mil vezes eu vi-te amar, alegrar, acariciar, fazer a minha mãe feliz. Quero elogiar-te, pois tu és um bom esposo. Digo, até, que és um exemplo que posso seguir no futuro. Fico tão feliz ao ver-te sempre tão unido, delicado, bondoso, amante. A minha mãe é muito feliz por ter-te como marido.»
«Jesus, muito obrigado pelo exemplo do marido que é o meu pai. Sabes, Senhor, isto faz-nos um bem tão grande, a todos, em casa? Obrigado, Jesus! Quero louvar-te, Senhor, por todos os muitos momentos bons que o meu pai deu à minha mãe, pelos meses e anos vividos em tanto amor. Abençoa-os, e que tenham muitos anos de vida, vividos sempre num amor maior. Obrigado, Jesus.»
Desta maneira fazes elogios ao teu pai, e depois a Jesus vivo, por todas as qualidades que reconheces nele: qualidades espirituais, morais, físicas. Elogia-lo pelos bons momentos que te proporcionou, pelas surpresas e presentes.
7.4. Entregar as feridas a Jesus
Jesus está muito interessado em que cures o teu coração. Ninguém está tão interessado como Ele, pois sabe quanto é importante para a tua saúde espiritual, psicológica, emocional, física, familiar e comunitária a cura do teu coração. Aliás, ao iniciar a sua missão, Jesus afirmou que veio também para «curar os corações feridos» (cf. Lc 4, 14-22). Já Isaías profetizava: «É por suas feridas que nós somos curados» (cf. Is 53,5).
Entrega a Jesus vivo as feridas do teu coração para que apresse a cura. Falando com Ele, entrega as tuas feridas, as dores que sentes ou sentiste, as suas consequências. Suplica que as toque e as cure.
Podes orar assim:
«Senhor, entrego-te agora as feridas do meu coração para que as cures. Entrego-te, Jesus, aquela ferida tão dolorosa feita em mim por meu pai, quando ameaçou bater na minha mãe. Entrego-te toda a tristeza que senti, toda a tristeza que percebi na minha mãe, toda a raiva e mágoa que senti e alimentei em mim. Toca, Senhor, nesta ferida, e cura-a profundamente, totalmente.»
«Entrego-te, Senhor, aquela ferida tão dolorosa que o meu pai me fez, ao me bater diante dos meus colegas. Entrego-te, Jesus, toda a dor, toda a tristeza sofrida, toda a vergonha daquele momento, toda a raiva, e até o ódio que senti pelo meu pai. Toca, Jesus, nesta ferida tão dolorosa e cura-a totalmente. Cura, Jesus, todas as consequências que permaneceram em mim, por aquela sova recebida. Cura, Senhor, toda a vergonha, toda a humilhação. Cura, Jesus. Muito obrigado, Senhor, porque estás tocando e aprofundando a minha cura. Obrigado pelo teu amor redentor.»
Desta forma, entregas as feridas, uma por uma, e pedes ao Senhor que as toque e as cure.

7.5. Agradece a oração de amorização realizada
Após teres feito todo o processo de perdão e de louvor, termina este período de oração com uma palavra de agradecimento a Jesus, pela sua presença e pela ajuda que te proporcionou. No caso de perceberes alguma modificação íntima, como paz, alegria ou libertação, não deixes de agradecer imediatamente ao Senhor. Que esta oração seja bem pessoal e íntima, concreta e criativa.
Podes orar assim:
«Senhor Jesus, agradeço-te de todo o coração pela tua presença tão benéfica e tão desejável. Agradeço-te, de modo todo particular, por esta terapia maravilhosa que nos ensinaste, a terapia do perdão. Que maravilha. Senhor, poder curar as feridas do coração, por meio do perdão. Muito agradecido, Senhor, por este momento de oração, no qual pude aprofundar a minha cura emocional. Agradeço-te todo perdão que pude dar, que pedi e que dei a mim mesmo. Muito agradecido, Senhor, pois sinto o quanto este momento me fez bem. Afirmo-te que espero contar com a tua presença, o teu poder e à tua bênção de cura, sempre que voltar a fazer os curativos às feridas do meu coração. Espero poder fazê-lo todos os dias. Obrigado, Senhor. Ámen.»
Por certo percebeste a importância, a facilidade, a riqueza e até a beleza de poderes curar a tua, história, de poderes cicatrizar todas as tuas feridas emocionais. Basta, agora decidires-te a realizar a oração de amorização. cada dia um pouco; todos os dias, at6 que estejas curado, inteiramente curado.
No próximo capítulo, terás um exemplo vivo de Oração de Amorização, todo falado, passo por passo, momento por momento.

UM EXEMPLO VIVO, FALADO
«Chamo-me Júnior. Sou casado há nove anos. A minha mulher chama-se Marinalva. Temos três filhos. Ao ouvir falar da Oração de Amorização, percebi que, embora a minha vida matrimonial tenha sido uma maravilha, houve alguns acontecimentos dolorosos que deixaram marcas em mim. Não foram coisas extraordinárias, mas feriram-me. Quando delas me lembrava, percebia que não me haviam feito bem. Nas nossas conversas e diálogos ão tocávamos em determinados assuntos, pois acabaríamos, invariavelmente, a discutir.
Aprendi que a Oração de Amorização era eficiente para curar o meu coração. Propus-me experimentar. Afinal, não teria nada a perder. E se desse resultados, eu cresceria no amor para com a minha mulher. Era o que eu queria.
Feliz o dia em que comecei. Graças a Deus! Vou falar-te de como faço a minha Oração de Amorização, pois é isto que me pedem. Faço-o de bom grado. Alegro-me por poder ajudar.
Seria interessante — ao iniciar — que tivesses, à mão, o roteiro prático que está no início do capítulo anterior, para poderes acompanhar toda a sequência da Oração de Amorização. Vamos iniciar.»
8.1. Oração na presença de Jesus e da pessoa: Marinalva
Entro na sala. Fecho a porta para as crianças não entrarem, para que me sinta só e não haja interrupções. Gosto de um fundo musical suave, orquestrado. Ligo o aparelho. Sento-me numa poltronazinha que fica voltada para o sofá maior. Fecho os olhos. Faço um momento de concentração, imaginando-me envolvido pelo olhar amoroso de Deus, meu Pai. A sua luz envolve-me, O seu amor penetra-me. Sinto-me amado por Ele. Procuro perceber que eu também o amo.
Imagino Jesus presente. Visualizo-o, sentado à minha frente. Visualizo o seu belo rosto sorridente, os seus olhos, os seus cabelos, o seu corpo todo, as suas mãos. Sinto-me amado por Ele. Percebo que também o amo. Falo com Ele livremente. Falo-lhe em voz audível.
«Jesus, obrigado pela tua presença. Sei que estás comigo, pois afirmaste que estarias connosco todos os dias, até ao fim dos tempos. Eu creio na tua presença. Aliás, Tu és o Emanuel, o Deus-connosco. Aquele que se delicia em estar com os filhos dos homens. Eu te adoro, meu Senhor e meu Deus! Proclamo-te, declaro-te e quero-te como meu Deus. Louvo-te, meu Senhor, louvo-te com todas as forças do meu coração, por poder conhecer-te, amar-te, bendizer-te.
Louvo-te pela felicidade que me invade neste momento. Louvo-te, Senhor, pela maravilha de ter aprendido a curar-me pelo perdão. (E continuo louvando e agradecendo livremente por alguns momentos.)
Jesus, tomo a liberdade de pedir a tua ajuda, a graça do teu amor, e o poder do teu Espírito, para que eu possa amorizar Marinalva, a minha mulher. No nosso matrimónio, Senhor, houve milhares de momentos felizes, mas, infelizmente, Senhor, houve momentos dolorosos também. Senhor, eu quero, eu preciso curar-me, para amá-la melhor.
(Deixo que o meu coração diga, livremente, o que sente.)
Peço-te. Senhor, que aceites trazer Marinalva à nossa presença, para podermos realizar esta cura pelo perdão.
(Imagino que Marinalva entra na sala. Jesus recebe-a com amor. Sentam-se um ao lado do outro, defronte a mim. (ficamos, assim, voltados um para o outro.)
«Obrigado, Marinalva, por teres vindo. Estava justamente a dizer a Jesus que desejo amar-te mais, muito mais. Por isso, decidi fazer a Oração de Amorização. Sabes, meu bem, quero curar as minhas lembranças, o meu coração, para poder amar-te ainda mais, muito mais.
(Digo-lhe, por alguns momentos, o que me vai no coração. Sempre em voz audível.)»
8.2. Realizo os quatro passos do perdão: faço os curativos
Primeira ferida:
«Marinalva, quando éramos namorados, deves lembrar-te, prometi, certa dia, que te levaria ao cinema, e marquei as sete da noite, para o encontro. Quando cheguei eram nove, e tu estavas muito nervosa e aborrecida. Nem me quiseste receber, discutiste muito comigo e, pior, acusaste-me de ter andado com outras, antes de ir ter contigo. Quando quis explicar-te que tinha havido um problema com a minha mãe, e que precisei de levá-la, com urgência, ao posto & socorros, tu não quiseste ouvir-me. Lembro- -me de ter voltado para minha casa muito triste e magoado com a tua agressão e desconfiança.
Eu te perdoo, Marinalva. Perdoo-te de todo o meu coração. Perdoo-te por não me teres ouvido, quando quis explicar-te as razões do meu atraso. Perdoo-te, por me teres acusado de ter procurado outras. Perdoo-te, por não quereres saber do problema que tinha havido com a minha mãe.
Eu te perdoo. Sente-te perdoada definitivamente. Quero que te sintas perdoada.»
«Jesus, perdoa Marinalva. Ela feriu-me muito, naquela noite. Eu perdoo-lhe e peço-te que também lhe perdoes. Obrigado. Senhor!»
Segunda ferida:
«Marinalva, lembras-te da festa do nosso noivado? Aquele problema surgido com os convites marcou-me muito, sabes! Não quiseste que eu convidasse alguns dos meus melhores amigos, só porque tinhas algumas coisas centra eles. Eu senti-me muito injustiçado. Os teus amigos vieram todos! Mas os meus não puderam vir. O teu egoísmo e incompreensão marcaram-me muito, naquele dia.
Eu hoje perdoo-te. Perdoo-te de todo o meu coração. Perdoo-te pela tua intransigência e pelo teu egoísmo. Sente-te perdoada daquele erro que cometeste, da injustiça que cometeste contra mim.
Peço-te que também tu me perdoes, pois, na discussão que tivemos, eu também te magoei e te disse umas palavras bem duras e ofensivas. Perdão, Marinalva! Perdoa-me como eu te perdoo, de todo o coração.»
Eu, Júnior, perdoo-me, quero-me perdoar, pois naquele dia eu não me calei. As coisas que disse foram pesadas, e feri Marinalva. Sim, eu, Júnior, perdoo-me de todo o meu coração. Eu me perdoo para sempre daqueles erros cometidos contra Marinalva.
«Jesus, perdoa-nos por aquelas ofensas mútuas, por nos termos ferido, por todo o desamor praticado. Perdão, Jesus, perdão!»
Terceira ferida:
«Meu bem, quando éramos casados há alguns meses, tu deves lembrar-te, fomos à festa de casamento do Luís Fernando. Havia ali tantos casais jovens, amigos nossos.
Em determinado momento deste a desculpa de que te estavas a sentir mal e forçaste o nosso regresso a casa. A festa mal havia começado. Ao chegar ao carro para irmos embora, acusaste-me violentamente, numa cena de ciúmes incrível. Fizeste-me acusações descabidas, que eu nunca esperara. Depois de tentar explicar-me e sem tu me quereres ouvir, discutimos muito, brigámos e fomos para casa muito aborrecidos. Sabes, aquela cena marcou-me muito. A partir de então, não me sinto à vontade quando estamos reunidos com outros casais. Temo o teu ciúme. Fico intranquilo, entendes?
Marinalva, eu te perdoo de todo o coração. Perdoo-te de todas as acusações e insinuações que fizeste. Eu te perdoo por teres criado em mim medo dos teus ciúmes. Quero que te sintas perdoada. Tão perdoada como se aquele problema nunca tivesse ocorrido.
Perdoa-me também, pois errei, discutindo e agredindo-te como fiz, com palavras duras. Perdão Marinalva, perdão!»
Eu, Júnior, quero perdoar-me por a ter agredido. Sim, quero perdoar-me do que fiz. Foi errado. Devia ter-me calado. Mas perdoo-me. Definitivamente.
«Jesus, perdoa-nos. Perdão por aquela noite dolorosa de desamor. Nós nos ferimos tanto, Senhor. Perdão! Queremos ser perdoados e curados. Senhor Jesus, livra-nos deste sofrimento! Cura os nossos corações. Tira toda a dor provocada pelas nossas ofensas.»
Desta forma vou repassando todas as lembranças dolorosas. Vou fazendo curativos com a pomada do perdão em todas as feridas, uma por uma.
Só se deve fazer aquele passo de perdão que seja necessário. Por exemplo: na primeira ferida tratada, eu não pedi perdão a Marinalva nem me perdoei, pois naquele dia calei-me. Não a ataquei, nem a feri. Por isso, não precisava de pedir perdão nem de me perdoar. Mas, ao tratar as demais feridas, eu precisei de fazer os quatro passos de perdão. Entendeste? Se, por acaso, tiver ficado alguma dúvida, relê esta parte até ficar tudo bem esclarecido.

8.3. Realizo os passos de louvor: a Marinalva e a Jesus
Primeiro elogio:
«Marinalva, meu amor, se é verdade que houve aqueles problemas todos, os quais já não existem porque nós nos perdoámos, é verdade também que tenho muitos e grandes motivos para elogiar-te. E quero fazê-lo, diante de Jesus, com toda a sinceridade.
Quero elogiar-te, Marinalva, pela esposa maravilhosa que tens sido. És a grande graça de Deus na minha vida. Sou muito feliz por te ter encontrado, amado e casado contigo. O teu carinho, a tua compreensão, os teus cuidados por mim, o teu espírito de companheirismo, tudo faz de ti a melhor das esposas.»
«Obrigado, Jesus, por esta esposa maravilhosa que tenho. Obrigado pelo grande dom que recebi em Marinalva. Senhor, jamais mereceria tão grande bênção: a minha esposa. Obrigado, Senhor!»
Segundo elogio:
«Meu bem, quero elogiar-te pela mãe que sabes ser. Felizes são os nossos filhos, pela mãe que Deus lhes deu! Admiro a tua capacidade materna de estares, de brincares, de promoveres, de aconselhares os nossos filhos. Fico até com amorosa inveja quando te vejo a brincar com eles, tal como uma criança grande.»
«Obrigado, Jesus, pela mãe maravilhosa dos meus filhos. Obrigado, Jesus, porque assim os nossos filhos crescem em clima tão favorável de amor. Senhor, por mais que o quisesse. jamais agradeceria o bastante por mãe tão maravilhosa.»
Terceiro elogio:
«Marinalva, outra coisa muito bonita em ti é o teu amor pelos pobres e doentes. Sentimos o teu coração sair pela boca, pelos olhos, pelas mãos, quando estás com eles. A tua alma generosa e caridosa é algo invejável.»
«Jesus, louvado seja o teu santo nome pelo coração generoso de Marinalva. Ela sim, Senhor, sabe ver-te, amar-te e servir-te nos pobres. Obrigado, Senhor Jesus.»
(Desta forma, conversando em voz audível, vou realizando muitos elogios, louvando Marinalva por todas as boas lembranças, pelas suas qualidades morais, espirituais, psicológicas e físicas. Pelos seus trabalhos, sucessos, momentos de alegria, de ajuda. Pelos presentes, surpresas, enfim, por tudo quanto possa lembrar de bom. Quanto mais elogios fizer, tanto melhor, pois os louvores irão embelezar a imagem de Marinalva em mim. Quanto melhor a imagem, maior o amor por ela.)

8.4. Entrego as feridas a Jesus
«Senhor Jesus, meu Salvador, eu te entrego as feridas do meu coração. Entrego-te, hoje, de modo particular, as que me foram feitas por minha mulher. Entrego-te, Jesus, aquela que foi tão dolorosa quando ocorreu, na noite em que por ter levado a minha mãe ao posto de socorros, e por isso ter chegado tarde, Marinalva não compreendeu, e me acusou tão injustamente. Entrego-te toda a decepção, toda a dor, toda a tristeza e toda a mágoa que senti. Cura, Senhor, aquela ferida. Cura-a totalmente, não deixando nem cicatrizes.
Entrego-te também, Jesus, a injustiça que Marinalva cometeu contra mim, na festa do nosso noivado. Entrego-te toda a decepção, toda a impressão de egoísmo intransigente, toda a mágoa que gerou em mim. Cura, Senhor, toda aquela ferida com as suas consequências.
Entrego-te ainda, Jesus, toda a marca dolorosa que Marinalva deixou em mim, com aquela cena de ciúmes, com toda a agressão verbal. Entrego-te todo o medo que ficou em mim de que ocorra alguma vez outro problema como aquele. Cura totalmente todo o meu sofrimento, todo o medo, toda a insegurança que ficou em mim quando me encontro espontaneamente na presença de outros casais. Cura, Senhor. Eu te peço que me cures, pois o Senhor é meu Salvador. Faz chegar até àquelas áreas feridas a tua redenção, para me resgatares, para curares todo o mal. Obrigado, Senhor, por me estares curando. Obrigado, Senhor, por me estares restaurando e dando novas possibilidades de amar mais e melhor a minha mulher. Obrigado, Senhor.»

8.5. Conclusão da amorização
«Senhor, ao terminar a minha Oração de Amorização, deixo-te o meu muito obrigado pela tua presença, pela tua colaboração, pela tua graça. Sinto, Senhor, a tua graça a penetrar no meu coração. Sei, Senhor, que estas lembranças dolorosas estão a ser curadas. Sinto que o meu coração ama muito mais. Mais livremente. Percebo, Senhor, que algumas amarras interiores estão a desaparecer, e o meu coração se sente mais livre. Sei, Senhor, que vou amar muito mais a minha mulher. Obrigado, Senhor!»
Desta maneira termino a minha primeira Oração de Amorização. Durou trinta minutos, talvez. Depois, em cada dia, volto a repeti-la, renovando os curativos nas mesmas feridas, pelo perdão, e criando uma nova imagem positiva por meio do louvor ou dos elogios.
A ti que lês estas páginas, dou-te a certeza de que, pela Oração de Amorização, verás acontecerem curas maravilhosas no teu coração e perceberás o grande crescimento no teu amor.
Jesus ama-te muito!

quarta-feira, 21 de abril de 2010

A morte do amor chega quando não há mais palavras de carinho,


A PEQUENA HISTÓRIA DO PÃO COM MANTEIGA


Conta a história que um casal tomava café da manhã no dia de suas bodas de prata. A mulher, como de costume, passou a manteiga na casca do pão e o entregou para o marido, ficando com o miolo. Ela pensou: "Sempre quis comer a melhor parte do pão, mas amo demais o meu marido e, por 25 anos, sempre lhe dei o miolo. Mas hoje quis satisfazer meu desejo. Acho justo que eu coma o miolo pelo menos uma vez na vida". Para sua surpresa, o rosto do marido abriu-se num sorriso sem fim e ele lhe disse: - “Muito obrigado meu amor por este presente. Durante 25 anos, sempre desejei comer a casca do pão, mas como você sempre gostou tanto dela, jamais ousei pedir! Moral da história: 1. Você precisa dizer claramente o que deseja, não espere que o outro adivinhe... 2. Você pode pensar que está fazendo o melhor para o outro, mas o outro pode estar esperando outra coisa de você... 3. Deixe-o falar, peça-o para falar e quando não entender, não traduza sozinho. Peça que ele se explique melhor. 4. Esse texto pode ser aplicado não só para relacionamento entre casais, mas também para pais/filhos, amigos e até mesmo no trabalho.Você concorda que as coisas seriam bem melhores se a comunicação não fosse tão falha?


A morte também chega na família, quando falta o amor. Com o passar do tempo o casal se deixa levar pela rotina e se acostuma um com o outro.

O esposo não beija mais a esposa, não a abraça mais, não tem mais uma palavra de carinho, não deseja “boa noite”, não diz “bom dia”, não dá um telefonema, não sabe como a esposa está passando, o que está fazendo, onde está, se foi, se ficou, o que ela fez. Não a procura mais, não demonstra nenhum interesse.

A morte do amor chega quando não há mais palavras de carinho, quando não há mais incentivo, quando um sai na frente e o outro fica para trás.

Marido, saiba que a mulher não ama. Ela corresponde ao amor do marido.

A mulher mal amada é infeliz, doente, desleixada, rixosa, desconfiada e insegura. Já a mulher amada é feliz, é alegre, não necessita de cura interior nem de psicólogos e psiquiatras, não guarda mágoa nem rancor, é confiante em si mesma, sente-se valorizada, é fiel, não adoece, não fica deprimida, não se cansa.

As preocupações do dia a dia são mais amenas quando a mulher se sente amada pelo marido. O amor é o bálsamo que cura complexos, sara aferidas da alma e quebra barreiras. O marido que ama, protege, dá segurança, traz tranqüilidade à mulher.

Mesmo com a correria do dia a dia, os maridos devem passar um tempo maior com a esposa e os filhos, demonstrando alegria e gratidão a eles. Diz a Bíblia na carta do apostolo Paulo a Timóteo que:“Quem não cuida da sua família, nega a fé e é pior do que o incrédulo.” (I Tm 5.8.)

O espírito alegre é um bom remédio para os males que fazem adoecer o casamento. Os homens, com o tempo, ficam ásperos, zangados, mal-humorados.

É preciso renovar diariamente a alegria do Senhor em nossa vida. Deus quer nos dar

Óleo de alegria em vez de pranto, veste de louvor, em vez de espírito angustiado...(Is 60.3.)

O espírito abatido faz secar os ossos. Não deixe as preocupações externas interferirem no seu casamento.

Não leve para casa os problemas do serviço. Ela pode até ouvi-lo, mas não como saco de pancada. Resolva-os antes de chegar em casa. A sua casa é lugar de descanso, de tranqüilidade, de paz.

Não deixe que o trabalho seja mais importante que sua família. Não que você deve deixar o emprego e ficar à toa em casa, mas umas boas férias não fazem mal a ninguém.

A mulher mal amada fica abatida, envelhecida, solitária e doente psicologicamente. Ela precisa ter sonhos e precisa crer que pode realizá-los. Ela não é sua empregada e nem ganha para isto.

Reconheça o seu trabalho fora de casa e, principalmente o que ela faz dentro de casa. Se você não consegue ajudá-la, pelo menos não atrapalhe.

Não fale de sua esposa com ninguém. Não comente nenhum defeito nela. Nem a critique. A crítica mata a auto-estima.

Tenha para ela sempre uma palavra de elogio. Sincero, é claro.

Trate-a com educação, agradecendo sempre, pedindo “por favor” e “com licença”.

Seja um homem limpo e cheiroso. Nunca a compare com outras mulheres. Não interfira quando a esposa estiver disciplinado ou chamando a atenção dos filhos.

Nunca minta para ela. É terrível sentir-se enganada.

Peça perdão todas as vezes que errar. Respeite a sua individualidade.

Não banque o marido ciumento, criando situações constrangedoras no relacionamento. Ore por ela e com ela todos os dias. Ela precisa de um bom companheiro que a apóie, que a sustente, que seja amante, que lhe dê segurança, que a honre, que lhe dê prazer e alegria.

Faça ressuscitar o seu amor pela sua esposa e você será amado e grandemente recompensado.

Eu Não Existo Sem Você
Vinicius de Moraes
Composição: Tom Jobim / Vinícius de MoraesEu sei e você sabe, já que a vida quis assim
Que nada nesse mundo levará você de mim
Eu sei e você sabe que a distância não existe
Que todo grande amor só é bem grande se for triste
Por isso, meu amor, não tenha medo de sofrer
Pois todos os caminhos me encaminham prá você
Assim como o oceano só é belo com o luar
Assim como a canção só tem razão se se cantar
Assim como uma nuvem só acontece se chover
Assim como o poeta só é grande se sofrer
Assim como viver sem ter amor não é viver
Não há você sem mim, eu não existo sem você

quinta-feira, 1 de abril de 2010

ORAÇÃO DE JESUS NO HORTO



«E, tendo ido um pouco mais adiante, prostrou-se em terra; e orou para que, se fosse possível, passasse dele aquela hora.
E disse: Aba, Pai, todas as coisas te são possíveis; afasta de mim este cálice; não seja, porém, o que eu quero, mas o que tu queres.» (MC 14, 35-36)

1. Com Pedro, Tiago e João, Jesus entra no Horto das Oliveiras. E, um pouco afastado destes, reza prostrado em terra. Escolhe a companhia do Pai para estes momentos tão duros. Com a oração, lutará contra as últimas tentações da sua vida. Uma oração perseverante e fervorosa...
Cristo convida também os seus discípulos a rezar. A vigiar. A ter cuidado com o mundo...

2. "Pai, se é possível, afasta de mim este cálice." Momentos antes, num cenáculo, Jesus estava radiante de alegria. Agora, reflexa uma grande alteração. Uma amargura infinita dentro de si... Sabe o que terá de passar nas próximas horas. Um beijo traidor, umas negações, fugas dos discípulos, uma flagelação, o povo contra Ele, a subida ao Calvário, a crucificação, a morte entre dois criminosos...
Jesus fez-se homem como nós. Jesus soube o que é estar abandonado e ser negado pelos mais próximos. Ser fiel ao bem e receber o mal como troca. Mas, apesar de tudo, confia no Pai. Dá vida ao "Pai Nosso"; dá o exemplo com a vida... seja feita a Vossa Vontade...

3. A oração de Jesus é rica e deixa-nos exemplo para a vida... é uma oração no silêncio e longe do ruído, sem ocasiões de distracção. Uma oração por terra, de confiança total no Pai. De entrega total ao Pai. De grande amor ao Pai. Jesus nega-se a si mesmo. Deixa tudo nas mãos do Pai.
"Seja feita a Vossa Vontade, ó Pai".


A AGONIA DE JESUS NO HORTO

«E, posto em agonia, orava mais intensamente. E o seu suor tornou-se em grandes gotas de sangue, que corriam até ao chäo.» (Lc 22, 44)

1. Uma noite bastante dura para Jesus, ainda por cima está só. Mas é neste momento de grande solidão que nos dá o verdadeiro valor da oração perseverante e a importância de nos entregar-mos aos braços do Pai.
Cristo sente o que um homem normal sente. Vê os amigos a dormir. Vê o fracasso da Cruz. A vitória dos inimigos. Apesar de tudo não desiste da oração. E chama a Deus de Pai. Parece que Deus não o ouve. Parece que não quer saber do Filho. Não o ajuda. Mas, na realidade, esta oração foi toda atendida: o seu martirio será a salvação dos homens; a sua obediência dará a ressurreição.

JESUS É PRESO

«E logo, falando ele ainda, veio Judas, que era um dos doze, da parte dos principais dos sacerdotes, e dos escribas e dos anciäos, e com ele uma grande multidäo com espadas e varapaus.
Ora, o que o traía, tinha-lhes dado um sinal, dizendo: Aquele que eu beijar, esse é; prendei-o, e levai-o com segurança.» (Mc 14,43-44)

1. Os Evangelhos são bastante directos e não exaltam Jesus no momento da sua prisão. Afinal Jesus não é um herói?!
Os discipulos ainda dormem. Jesus tem de os acordar e depois dirige-se a Judas. Judas beija-O. O beijo... sinal de amor convertido em sinal de traição.
E Jesus não faz nada a Judas. Aceita a traição, vendo o interior negro do antigo discipulo. Chama-o de amigo. Tenta, pela última vez a sua conversão. E tenta pelo amor. "Amigo". Judas, em pecado, foge. Coração de pedra.

A FLAGELAÇÃO

«Pilatos, pois, tomou entäo a Jesus, e o açoitou.» (Jo 19,1)

1. A flagelação era um suplício horrível e cruel, reservado unicamente aos escravos. Atam Jesus a uma coluna, desnudado e tratado como uma besta.
Os golpes caiem com extremo rigor sobre a carne de Jesus. Abrem feridas profundas e o sangue corre em abundância. E o sangue banha o corpo e o chão. Os verdugos animam-se e parecem feras excitadas com o sangue. Não dão descanso e descargam golpe após golpe. O Mestre Paciente não pode conter os gemidos de dor...

2. O Filho de Deus, apesar de tudo, continua a amar-nos. Sofre por todos os pecados. Sofre tormentos fisicos e morais. Por mim.
E dá-nos o exemplo, deixa-nos uma grande lição: Jesus mostra-nos a gravidade do pecado, principalmente da impureza. Como é importante lutar contra a nossa própria carne...

O discipulo de Cristo deve lutar e fazer qualquer sacrificio para resistir às tentações do mundo... quantos cristãos lutam contra si mesmos, negam-se a si mesmos? Somos Templo do Espirito Santo (I Cor 3,16).


«E, quando chegaram ao lugar chamado a Caveira, ali o crucificaram, e aos malfeitores, um à direita e outro à esquerda. » (Lc 23,33)

1. O caminho doloroso de Jesus termina no alto do Monte Calvário. O mais dificil do dia vai agora começar. Um suplicio tão terrível e inumano, que durante três séculos os cristãos não se atreveram a representar a cena. É a hora da crucificação.

2. O tronco vertical da cruz é fixado no solo. Preparam-se também os cravos e tudo o demais necessário.
Jesus, cansado, está no chão. Ele que não se valeu da sua igualdade com Deus, fez-se homem e tomou a condição de servo. Não usou o seu título de Deus, mas passou por um de tantos. O Filho do Homem entregue à Sua Criação.
Obediente até à morte, abre os braços. Com rapidez e precisão fica preso ao patíbulo. O corpo estremece e a dor é imensa.
De seguida, levantam o madeiro, com Jesus cravado nele, para ajustá-lo ao tronco principal.
Os pés são cravados. O corpo sente a dor extrema.

3. No alto, o peso do corpo descansa sobre o cravo dos pés. O sofrimento é intolerável. O coração bate numa velocidade máxima. Jesus respira com dificuldade. Tem o corpo em tensão. Sangue a escorrer pela cara e pelos cravos.
Todo o corpo em sofrimento. Quase asfixiado.
Um Homem inocente que morre por mim.
Um Homem que nos deixa uma lição de vida. Temos que nos crucificar a nós mesmos. Não bastam as lágrimas. Cristo crucificado por mim. Eu crucificado por Cristo: dando morte ao meu pecado, crucificando os meus sentimentos de prazer imediato, de consumo, de sexo, de loucura, de droga, de bebida, de fumo, de comer...

PAI, PERDOA OS QUE ME CRUCIFICAM

«E dizia Jesus: Pai, perdoa-lhes, porque näo sabem o que fazem.» (Lc 23,34)

1. Aos pés da Cruz está um grupinho de gente que insulta Jesus. Burlam-se dEle... sacerdotes, escribas, anciãos... Blasfemam e gritam.
Até mesmo um dos crucificados com Ele! "Não és tu o Messias? Salva-te a ti mesmo e a nós" (Lc 23,39).
Todos provocam Jesus. Todos o humilham.
Apesar das dores de morte, Ele não os condena. Não pede justiça a Deus. Não pede que lhes caiam raios e trovões. Não pede um diluvio nem uma praga de insectos.

2. Os lábios do Cristo abrem-se e escuta-se: "Pai, perdoa-os: não sabem o que fazem".
Jesus implora o perdão a Deus. No Calvário, onde reina o ódio e a morte, Jesus responde com o amor e com a vida.
Jesus pregou o amor e o perdão toda a sua vida. Mais uma vez, nos últimos momentos de vida, leva os seus ensinamentos à prática. Mostra até onde deve chegar o amor. Melhora o "amai a Deus e a todos os homens como a vós mesmos" por "amai a todos, até dar a vida por todos. Bons e maus".
Responder a mal com bem. A perdoar as ofensas. A pedir por aqueles que nos mal tratam. A perdoar os que nos perseguem.

3. Deus perdoa mais de sete vezes sete. Para que nós também perdoemos mais de sete vezes sete. Deus perdoa-nos pelo nosso arrependimento sincero e pelos méritos de Jesus Cristo. E à imitação de Cristo tenho de perdoar a amigos e inimigos, a bons e maus. Quem sou eu para julgar o outro? Assim serei julgado por Deus...
Certamente não é fácil perdoar, amar os inimigos, pedir por aqueles que nos criticam e caluniam. Os nervos nervos acendem facilmente. O espirito perde a serenidade. Só com a ajuda de Deus e a firme vontade de ser verdadeiramente Cristão, conseguirei resistir ao orgulho ferido, calar o sentimento de vingança e raiva e a grande vontade de responder insulto com insulto, mal com mal, bofetada com bofetada.

Custa calar, sorrir ao inimigo, cumprimentar quem me ofendeu, perdoar o outro. Sim, custa! Mas, bem aventurado aquele que compreender esta "Sabedoria da Cruz".

terça-feira, 30 de março de 2010

A história da verdadeira cruz



A história da verdadeira cruz é longa e complicada: começa com um rebento de árvore da graça no Éden, passa através da ponte do Rei Salomão para Jerusalém, até a seleção desse antigo madeiro para a crucifixão de Cristo.

A tradição considera que após a crucifixão a cruz foi escondida.

A cruz de Cristo foi descoberta por Santa Helena, a mãe de Constantino, que fez uma peregrinação a Jerusalém em 326, aos 80 anos. Seu espírito indomável, assim como suas extraordinárias aventuras, tomam sua mais encantadora forma literária no livrinho de Evelyn Waugh, «HHelena».

Parte da cruz permaneceu em Jerusalém, na Igreja do Santo Sepulcro, que foi dedicada em 14 de setembro de 335. Esta data se converteria na festa da Exaltação.

Parece ser que a relíquia viajou pelo mundo inteiro. Foram enviados fragmentos às novas igrejas de Constantino em Constantinopla, enquanto outros pedaços ficaram na Igreja da Santa Cruz de Roma, construída por Santa Helena em sua própria terra.

A devoção à cruz se estendeu tão rapidamente que, antes do final do século IV, escreveu-se o hino «Flecte genu lignumque Crucis venerabile adora» e São João Crisóstomo nos diz que os fragmentos da cruz eram venerados no mundo inteiro.

Contudo, curiosamente, a Exaltação da Cruz não só celebra o redescobrimento da verdadeira cruz; também comemora um evento em um dos momentos mais turbulentos da história cristã.

Em 615, às vésperas do surgimento do Islã, o exército persa avançava por todo o Mediterrâneo. O rei Cosroes da Pérsia, ainda que tenha deixado o sepulcro de Cristo intacto, levou o fragmento da cruz que Santa Helena havia deixado lá.

Constituindo-se em um deus, o rei Cosroes construiu um trono em uma alta torre e se sentou nele com a cruz à sua direita, denominando-se como «o pai».

O imperador bizantino Heráclio desafiou Cosroes a um combate para recuperar a cruz. Vitorioso, Heráclio devolveu o preciso relicário a Jerusalém. Havia pensado fazer entrar o relicário na cidade pela mesma porta pela qual Cristo entrou antes de sua crucificação, mas uma demolição bloqueou sua passagem.

Dado que Cristo havia passado através dessa porta humildemente sobre um burro antes de ser morto, Heráclio tirou a coroa, jóias e sapatos, e vestido apenas com a túnica, carregou o relicário nos ombros. Em 14 de setembro de 630, a cruz foi restituída a Jerusalém como exemplo de humildade para todo o povo.

Esta história épica capturou a imaginação de numerosos artistas, especialmente no Renascimento, quando a arte se dedicou a narrar os grandes eventos históricos.

Antoniazzo Romano descobriu o acontecimento com as cores brilhantes de um manuscrito iluminado na abside da Igreja da Santa Cruz, enquanto Piero della Francesca, trabalhando na mais afastada cidade de Arezzo, de 1452 a 1463, transmitiu a majestade desta história em um dos ciclos de frescos mais importantes do século XV.

Na basílica de São Francisco, Piero conta a história com simplicidade e com um mínimo de detalhes decorativos, mas com potente monumentalidade. Em uma das primeiras cenas noturnas da arte italiana, «O Senhor de Constantino», o imperador dorme em sua barraca e sonha com a cruz na véspera da Batalha da Ponte Mílvio. Um impressionante anjo irrompe na cena enquanto a luz embutida do pintor representa o milagre da conversão de Constantino.

A «Exaltação da Cruz» de Piero della Francesca, apesar da perda da figura de Heráclio, expressa a paz, a calma a ordem que a restituição da cruz trouxe, uma mensagem oportuna neste tempo de guerras contínuas.

Estas imagens refletem a dignidade dada à cruz por artistas, cidadãos e governantes.

Com o passar dos anos, a cruz foi atacada por muitos. Voltaire ensinou o mundo a ridicularizar a cruz quando, em «O Dicionário Filosófico», escreveu na parte «Superstição»: «São aqueles pedaços da verdadeira cruz, que bastariam para construir uma nave de cem canhões, são as muitas relíquias reconhecidas como falsas, são os falsos milagres, assim como muitos monumentos de uma piedade iluminada?».

Para dar uma resposta à era científica, formou-se no século XVII um grupo de jesuítas da Bélgica, os Bolandistas. Estudaram as evidências que tinham a ver com os milagres, relíquias e vidas de santos. Citam um estudo que pesava e media todas as relíquias conhecidas e chegaram à conclusão de que os pedaços existentes não bastarim para fazer nem sequer uma só cruz.

Esta festa, com freqüência ignorada, serviu durante muito tempo para recordar à comunidade cristã que o significado de nossa redenção deveria ser levar a luz ao nosso mundo, vidas e corações de todos os tempos, e que deveríamos refleti-la com o mesmo valor, humildade e determinação que Jesus mostrou durante sua paixão.

No mundo de hoje, onde a cultura pop ri da cruz e os políticos a negam, esta festa impulsiona os cristãos a celebrarem o heróico sacrifício de Cristo e não a envergonhar-se dele.






O Sudário Abriga polens de plantas que só existem na região de Jerusalém e cuja data é anterior ao século 8 d.C. A informação foi divulgada pelo botânico Avinoam Danin, da Universidade Hebraica de Jerusalém. A informação derruba definitivamente a tese de que o Sudário seria uma falsificação produzida na Europa durante a Idade Média. O Sudário é uma peça de linho (lençol), que foi utilizado para envolver o corpo de Jesus Cristo após sua crucificação, antes que este tenha sido levado ao Santo Sepulcro. Mede 4 metros e 36 centímetros de comprimento por 1 metro e 10 centímetros de largura. Encontra-se hoje na cidade de Turim, na Itália.
No tecido encontramos manchas de sangue humano, com as marcas do flagelo e suplício sofridos por Jesus de Nazaré. Este pano é a prova maior da existência de Cristo e do que este sofreu.Quantos fatos já foram comprovados pela ciência? Quantas vezes essa ferramenta foi capaz de desvendar mistérios que pareciam estar fadados ao esquecimento? A ciência, no caso do Santo Sudário, foi fundamental. Não só para que se pudesse comprovar a autenticidade do mesmo, mas também para que se pudesse estudar mais detalhadamente as Chagas de Cristo e os detalhes de sua morte. Os fatos relatados nesta seção foram possíveis de serem descritos a partir da contemplação da foto do Santo Linho e da aplicação de conhecimentos médicos em anatomia. A informação é puramente científica! Prepare-se para descobrir detalhes sensacionais sobre a "Paixão de Cristo".

A partir dos estudos da Mortalha, ficou possível esclarecer com exatidão quais foram os tipos de torturas sofridas por Jesus, e que marcas estas deixaram em seu corpo.
Este estudo é totalmente científico e técnico, e busca compreender até que ponto um ser humano pode suportar a dor e o sofrimento agonizante, até por fim, deixar que o último suspiro de vida se vá. Destacamos aqui cinco das principais marcas, cujo relato completo é minuciosamente descrito no livro:“Feridas de Jesus”.


A Crucificação segundo o cirurgião Jesus apanhou com um instrumento denominado "flagrum", de origem romana. Este instrumento é bastante semelhante a um chicote de três tiras, que possuem em cada extremidade duas bolinhas de chumbo.Recebeu mais de cem chicotadas, mesmo sendo a lei limitada a trinta e nove apenas. Esta agressão foi feita antes de Jesus ser encaminhado para a cruz, e deixou cortes profundos por todo o seu corpo. A flageração foi tão brutal que, por si só, teria matado uma pessoa mais frágil. Foram contados de 90 a 120 ferimentos causados pelo açoite.

A forma das feridas corresponde às produzidas pelo flagrum, o chicote Romano. A coroa feita com uma planta tipo "Zizifus Spina", da família das ramináceas, foi colocada na cabeça de Jesus e enterrada por pauladas. Mais de 70 espinhos perfuraram a cabeça de Jesus, provocando sérios sangramentos e hematomas. A coroa não era uma simples tiara, mas um artefato que cobria a cabeça toda.

O soldado que a urdiu deve ter usado seu próprio capacete como molde. Jesus carregou, sobre os ombros, o Patíbulo (tronco horizontal da Cruz).
No Calvário, deitaram-no no chão sobre a madeira e o pregaram com cravos nas mãos. Estes perfuraram o carpo, uma das três partes que compõem a mão, penetrando no espaço de “Destot”. Não houve fratura de nenhum osso. O patíbulo provocou grandes hematomas nas costas de Jesus. E quedas ao longo do percurso machucaram seus joelhos e rosto.

A rótula esquerda e o nariz apresentam contusões graves – com a provável separação da cartilagem nasal. A perfuração do cravo ocorreu na região do carpo. Provocou semiparalisia das mãos, oponência do polegar e lesão do nervo mediano. Não foram fixados no meio das mãos, como se pensa..
Mas numa parte do pulso conhecida pelos anatomistas como “espaço de Destot”. Se o transpassamento tivesse ocorrido no meio das mãos, estas teriam rasgado com o peso do corpo. Ao passo que, no “espaço de Destot” a introdução dos pregos assegurava uma fixação firme à cruz.

A perfuração dos pulsos seccionou os nervos medianos, provocando a retração dos
polegares. Estes estão dobrados para o interior das mãos na figura do Sudário. Um único cravo de 18 centímetros perfurou os dois pés de Jesus e atingiu a madeira, chamada de Stipes (tronco vertical da cruz). Jesus no Santo Sudário mostra, pela rigidez cadavérica, um pé sobre o outro. O cravo passou entre o segundo e o terceiro metatarso.

A Morte na cruz era causada por lente asfixia, provocada pela posição dos braços. A imagem do Sudário mostra que Jesus se ergueu várias vezes para tomar ar. Visando acelerar a morte, era costume quebrar as pernas dos condenados, impedindo tal movimentação. Isso não ocorreu neste caso – o que concorda com o relato dos Evangelhos, segundo os quais nenhum de seus ossos foi quebrado.


Após Jesus Ter morrido, um soldado, no intuito de certificar-se do fato, desferiu um golpe de lança, que traspassou-lhe o lado direito do corpo, atingindo o coração.A lança perfurou vários órgãos, deixando uma ferida de aproximadamente 5 cm na
pele de Jesus. O Sudário mostra que a estocada da lança produziu um forte jato de hemácias (a parte vermelha do sangue), seguido de um fluxo de plasma (a parte clara) – prova de que grande quantidade de sangue se acumulou e decantou no pericárdio. Isso converge com o texto Bíblico, que fala num jorro de “sangue e água”.(Jo 19,31-34).


A decomposição da Cruz também ficou registrada no pano de linho. Nas manchas de sangue existentes na região dos pés, percebe-se nitidamente as marcas dos dedos das mãos de uma das pessoas que sustentou Jesus na descida do patíbulo. Seriam os dedos do Apóstolo João?


Humor é herança transmitida pelos pais


Assim como a cor dos olhos ou a estatura, o humor é uma herança transmitida pelos pais, o que explica a existência de famílias compostas por parentes animados e bem-humorados e outras famílias marcadamente tediosas.

Mas o estado de espírito não depende só dessa influência imutável, que é a genética. Também está relacionado à educação recebida na infância. Pais que vivem reclamando de tudo e acham que nada dará certo, por exemplo, transmitem esse humor aos filhos. "Inconscientemente, ensinam as crianças a reagir dessa forma. Um erro que pode levar anos para ser reparado", diz o professor de psicologia experimental da USP Ailton Amélio da Silva.

Por fim, há a influência da percepção de cada pessoa. Receber uma fechada no trânsito deixa qualquer um mal-humorado, mas há quem faça disso um drama que se estende pelo resto do dia, enquanto outros dão menos importância ao incidente, e a irritação se dissipa em questão de minutos. "A rabugice depende muito do momento de vida de cada um, do estado psicológico da pessoa", complementa Nardi.

O fato é que as pessoas podem e devem perseguir o bom humor. A ciência já provou que os mal-humorados têm mais problemas de saúde, como quedas no sistema imunológico, hipertensão e propensão maior a desenvolver doenças. O cortisol, hormônio liberado em momentos estressantes, é o responsável pelo estrago. Tanto é que o mal-humorado --seja portador de distimia ou apenas um nervosinho controlável-- está sempre reclamando de dores pelo corpo, como enxaqueca e problemas de estômago. Por trás das queixas estão o estresse e suas conseqüências.

E driblar o mau humor ocasional, e não o crônico, doentio, não é tão difícil (leia, ao lado, algumas medidas certeiras). Uma pesquisa da Universidade de Ohio, nos Estados Unidos, comprovou algo que já se desconfiava: cheiros agradáveis costumam melhorar o humor das pessoas.

Ajuda saber também que o mau humor é contagioso. Após acompanhar a vida de 60 casais, pesquisadores da Universidade Northwestern, em Ilinois (EUA), concluíram que um temperamento único domina as duas pessoas em um relacionamento. Se um dos parceiros for do tipo irritadiço, esse modo de ser acaba virando um traço da personalidade do casal. "Não podemos explicar como esse contágio acontece, mas o fato é que o mau humor tem efeito cascata. É, em geral, contagioso. No ambiente de trabalho, ele parece dominar, basta uma pessoa se descontrolar", diz a psicóloga Mariângela Savoia, do HC.

Já a crença de que, com a idade, o humor muda para pior é falsa. Os estudos provam o contrário: com a maturidade, o mau humor não só se abranda como pode até desaparecer.

Estado de espírito também é uma questão cultural. O psicólogo Richard Weisman, da Universidade de Hertfordshire (Reino Unido), provou a tese em um estudo. Ele disponibilizou um site para descobrir a melhor piada do mundo. Recebeu mais de dois milhões de diferentes países.

Adivinhe quem ganhou a brincadeira. Um inglês. E o pesquisador chegou à conclusão de que o senso de humor varia geograficamente --e muito. Para entender por que, veja a piada vencedora: dois caçadores estão na floresta e, de repente, um se sente muito mal e cai. Sua respiração pára e ele fica pálido. O outro liga imediatamente para o hospital e pergunta o que fazer. O médico atendente informa que, primeiro, é preciso ter certeza de que o amigo está mesmo morto. O doutor, após um silêncio, ouve o som de um tiro, e o homem volta ao telefone dizendo: "OK, agora tenho certeza de que ele está morto. E agora, o que faço?". Provavelmente a piada não faria sucesso aqui.

Valer-se de bom humor em época de desemprego também rende frutos, especialmente durante a entrevista de trabalho. "Quem tem humor mostra que é capaz de ver uma situação de vários ângulos. Também é sinal de segurança. Só não vale exagerar", diz a psicóloga Vera Rita de Mello Ferreira, que dá consultoria na área de recolocação profissional.

No jogo da sedução, o bom humor também entra em cena. É a exigência número um das pessoas na hora de escolher a cara-metade, segundo uma pesquisa feita pelo instituto Ipsos em dez países: Brasil, Canadá, Estados Unidos, China, França, Alemanha, Inglaterra, Rússia, Índia e Japão.

"As pessoas não imaginam o efeito que o bom humor tem no sucesso de um relacionamento. O pesquisador americano John Gottman costuma dizer que é preciso sempre procurar nas relações cinco coisas boas para uma ruim, e o bom humor certamente está na lista dos benefícios", diz o psicólogo Ailton Amélio da Silva.



Veja quais são os sinais do mau humor crônico


Apetite: a pessoa alimenta-se pouco e sem prazer ou come com muita ansiedade

Desinteresse: tudo é feito por obrigação, nada gera prazer. Em geral, a pessoa tem uma dificuldade muito grande para finalizar projetos

Distúrbios do sono: a pessoa pode tanto dormir demais como ter insônia. Acorda à noite com freqüência e costuma madrugar

Fadiga crônica: o cansaço é predominante e a realização das atividades leva mais tempo que o necessário devido também à insatisfação

Irritabilidade: esse estado é constante e pode chegar à agressividade

Isolamento: preferência pela solidão com o objetivo de não se irritar com os outros

Pessimismo: é incapaz de enxergar o lado positivo da forma de ser dos outros ou das situações, o que leva a pessoa a manter-se cabisbaixa, com ar deprimido

Tristeza: o sentimento de infelicidade domina quase todo o tempo do sujeito