quinta-feira, 12 de março de 2009

Precisamos colocar a luz de Cristo nas coisas, o nosso ministério de música precisa ser mais que um grupinho


Dois homens subiram ao templo com o propósito de orar: um, fariseu, e o outro, publicano. O fariseu, posto em pé, orava de si para si mesmo, desta forma: 'Deus, graças te dou porque não sou como os demais homens, roubadores, injustos e adúlteros, nem ainda como este publicano; jejuo duas vezes por semana e dou o dízimo de tudo quanto ganho'. O publicano, estando em pé, longe, não ousava nem ainda levantar os olhos ao céu, mas batia no peito, dizendo: 'Deus, sê propício a mim, pecador!'"(Lucas 18.9-14).

Jesus filho de Deus Salvador, tem piedade de mim que sou pecador”. Essa oração é para quem quer chegar à santidade, é preciso reconhecer o pecado e clamar a misericórdia de Deus. Com esta frase “Jesus filho de Deus, Salvador, tem piedade de mim que sou pecador”, você pode rezar um Terço Bizantino. Nós não somos resgatados da “vida velha” somente pela nossa boa vontade, é preciso a graça de Jesus, o Salvador.

Muita gente está procurando um salvador em tantas coisas e pessoas, em religiosidade. Mas a salvação vem de Deus.

O coração do Pai dói quando nos vê no pecado. O pecado nos desfigura, destrói a coisa mais importante em nós, porque “o salário do pecado é a morte” (cf. Rm 6, 23), como ensina a Palavra de Deus. Primeiramente, o pecado leva à morte espiritual, depois à morte psíquica e mais tarde à física. Quantos jovens morrendo com Aids, cometendo suicídio e nas drogas.

O arrependimento é muito mais que sentimento, é decisão, é arrepiar o caminho, ou seja, voltar para trás se percebemos que o caminho é perigoso: se estamos em um trecho e encontramos uma cobra perigosa, provavelmente voltaríamos para trás, arrepiamos o caminho. Mas hoje tem gente “alisando e brincando com a cobra”, porque temos brincado demais com o pecado.

O fariseu orgulhoso não enxergou o seu pecado, mas sim, as coisas boas que fazia; no entanto, todos nós fazemos coisas boas e não fazemos mais que nossa obrigação. Enquanto o publicano, lá no fundo, batia no peito e dizia que por ser pecador que o Senhor tivesse piedade dele. A conversão acontece quando reconhecemos os nossos pecados.

Se dissermos que não temos pecado, enganamo-nos a nós mesmos, e não há verdade em nós” (I João 1,8).
Hoje estamos sendo enganados, tirando o peso do pecado, estamos o justificando nas nossas limitações; mas, limitação não é pecado. Por isso, assuma o pecado; não dá para cuidar dele como um nada. Olhe o crucifixo e entenda o que é pecado. Não dá para cuidar de um câncer como se fosse uma “doencinha” qualquer; o mesmo ocorre com o pecado: não podemos “dar moleza” a ele.

Se confessarmos os nossos pecados, ele é fiel e justo para nos perdoar os pecados, e nos purificar de toda a injustiça” (I João 1,9).

Há pessoas acostumadas com o pecado, e vão tocar e cantar nas IGREJAS, mas é preciso combatê-lo como se combate o câncer e a Aids.


Testemunho do Nelsinho Corrêa

"Nos anos 80, eu tinha o pecado da masturbação e me acusava muito. A partir desse versículo, retirei a máscara do meu pecado, e ao assumi-lo, reconheci a misericórdia de Deus e houve uma libertação em mim.

Hoje, muitos ministérios de música não buscam ajuda para combater o pecado, há pessoas que não reconhecem a sua verdade.

Antes de vir para Comunidade Canção Nova, eu fazia parte de um grupo e me sentia o mais pecador, porque os outros todos cantavam e louvavam a Deus com belas palavras. Eu olhava para aquelas pessoas e dizia: 'Como sou pecador por causa do vício da masturbação!' Até que, um dia, fui até o coordenador e pedi para fazer uma reunião separada: uma para as meninas e outra para os meninos. O coordenador rezou e depois de um tempo uma fez a reunião e chamou o Júlio Brebal e outras pessoas para rezarem e nos orientarem. Ao iniciar a reunião já falei que não aguentava mais o vício da masturbação, porque mesmo assim eu tocava e cantava [na igreja], e as pessoas, que eu achava que eram santas, tomaram a coragem e falaram também, daí eu percebi que o mais 'santinho' era eu."

Precisamos colocar a luz de Cristo nas coisas, o nosso ministério de música precisa ser mais que um grupinho no qual se põe para cantar e se utiliza mascarás. Nós temos que colocar a nossa vida sob a luz. Precisamos procurar pessoas para nos ajudar, talvez o seu ministério precise fazer o que o antigo grupo do Nelsinho fez, talvez o seu ministério esteja cantando lindo, mas “patinando” espiritualmente, e por isso não sai do lugar.

Não dá mais para viver na hipocrisia, cantando e tocando músicas lindas com os olhos fechados, mas cheios de estragos na vida, na sexualidade. O Senhor que ir a fundo na raiz do seu pecado; não tenha medo de desmascará-lo.

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